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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Musicoterapia e Depressão

Musicoterapia e Depressão Na depressão, doença que nos tempos atuais acomete grande número de pessoas de todas as idades, a música utilizada como terapia pode ser de grande valor,... associada ao tratamento convencional usado nos casos destes pacientes. A musicoterapia, por sua especificidade, permite às pessoas a expressão e a interação através da música, do próprio corpo, dos instrumentos musicais ou objetos sonoros, fazendo com que elementos guardados em seu ser se manifestem de forma não-verbal. Há muitas situações em que as pessoas não encontram palavras para descrever suas experiências. A interação com a música facilita e promove essas manifestações. Ma- nifestações estas que apontam o caminho a ser seguido pelo musicoterapeuta. A prática clínica tem permitido observação e constatação de melhora nos casos de depressão e conta com o respaldo de estudos científicos que a comprovam. Aos exames por imagem que mostram a atuação da música em várias partes do cérebro, em diferentes contextos, somam-se estudos como o publicado no British Journal of Psychiatry, em 2011, comentado também em edição do mesmo ano da revista Psiquê. O referido estudo, realizado na Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, demonstra que a associação da musicoterapia ao tratamento utilizado com pacientes deprimidos pode auxiliar mais do que a própria medicação. A equipe de pesquisa liderada pelos professores Jakko Erkkilä e Christian Gold selecionou 79 pessoas com idades entre 18 e 50 anos diagnosticadas com depressão. Para 33 dos participantes foram oferecidas sessões de musicoterapia além do tratamento habitual para a depressão. Os outros 46 participantes apenas receberam o tratamento padrão, funcionando como grupo controle (para comparação). O tratamento padrão oferecido na Finlândia inclui medicação com antidepressivos, cinco ou seis sessões de psicoterapia individual e aconselhamento psiquiátrico. O tratamento musicoterapêutico consistiu em duas sessões semanais, de 60 minutos cada uma, e contou com musicoterapeutas preparados para a função. Em média foram 18 sessões de musicoterapia para cada participante, com 88% de presença pelo menos em quinze sessões. Os participantes de ambos os grupos foram acompanhados e avaliados aos três e seis meses quanto aos sintomas de depressão e ansiedade. Os pesquisadores constataram que depois de três meses os participantes tratados com a musicoterapia demonstravam uma melhora superior ao daqueles que receberam somente o tratamento padrão. Eles apresentaram significativamente menos sintomas de depressão e ansiedade. Esta é mais uma situação onde a musicoterapia se mostra como boa coadjuvante nos tratamentos da saúde que todos desejamos. *Musicoterapeuta. E-mail: flsd@alternet.com.br Site: www.jornalminuano.com.br (Minuano On Line)

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Musicoterapia em Evidência - Mt. Harley