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domingo, 28 de outubro de 2012

Explosões, pancadas ou objetos podem perfurar o tímpano


Objetos colocados indevidamente dentro do ouvido, como um lápis, por exemplo, podem causar traumas e perfurar a membrana timpânica. Explosões, pancadas, mergulhos profundos ou acidentes podem causar um aumento ou redução repentina da pressão dentro do ouvido, fato que também pode causar danos ao tímpano. “A ruptura desta membrana causa perda auditiva condutiva, já que a vibração não acontece e os sons não são transmitidos pela via auditiva”, destaca a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

Por Rita de Cássia C. Guimarães
09 de setembro de 2011

Grupo de informação a pessoas com zumbido - GIPZ

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A Política Nacional de Educação Permanente do SUAS

DIVULGANDO!

"Olá pessoal!!!
Compartilho este material que recebi do CNAS, peço a gentileza de ampla divulgação!!!
Nesta reunião do dia 25 de Abril de 2012, estive em Brasília representado nossa profissão (UBAM). Nesta reunião todas as despesas: Hospedagem e viagem foram custeadas pelo MDS. O que expressa uma das estratégias de implementação da Musicoterapia no SUAS, responsabilizar o estado por viabilizar condições para participação e representação política dos/as trabalhadores/as do SUAS.
O texto final desta discussão será publicado em 2013.
Qualquer dúvida estou à disposição!!
Att,
Obs: Por gentileza, quem tiver me passe o contato do Paulo Suzuki, para que eu possa encaminhar estes materiais a ele, pois os Mtps de SP tem o FACE do MT/SUAS é interessante estarmos articulados.

Jakeline Silvestre Fascina Vitor

Musicoterapeuta

jakefascina@hotmail.com"


A Política Nacional de Educação Permanente do SUAS
Brasília, 25 de outubro de 2012


Na última reunião ordinária do CNAS, o conselheiro José Crus apresentou, na durante na Comissão de Política, o processo de construção do texto da Política Nacional de Educação Permanente do SUAS destacando as seguintes etapas: a elaboração do texto preliminar da Política no âmbito da SNAS, em 2010; a apresentação do referido texto no CNAS e a apresentação e entrega do texto preliminar da Política na VIII Conferencia Nacional de Assistência Social, em 2011. O coordenador informou sobre a realização pelo CNAS, em parceria com o MDS, de uma oficina para aprofundamento e discussão do texto preliminar dessa política, em dia 25 de abril de 2012 tendo como participantes: Instituições de Ensino Superior, associações de ensino e pesquisa, entidades de classe; fóruns dos Trabalhadores do SUAS; CONGEMAS; FONSEAS e outros colaboradores do MDS e CNAS.

Após realização dessa oficina, o CNAS instituiu o Grupo de Trabalho, por meio da Resolução CNAS nº 19, de 6 de junho de 2012, com o objetivo de sistematizar o texto da Política Nacional de Capacitação e Educação Permanente do SUAS a partir das contribuições oriundas da referida oficina. Integraram o GT a conselheira Jane Clemente e conselheiro José Crus. Os Convidados e colaboradores do GT foram a Assistente Social e Profa. Esther Lemos, representante do Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS (FNTSUAS), a Profa. Jucimeri Silveira- PR, a Profa. Stella Ferreira – SP e a Profa. Joaquina Barata - PA. Foram realizadas cinco reuniões, sendo que as atas das mesmas encontram-se disponíveis no CNAS.

O Conselheiro José Crus, representando o Grupo de Trabalho, apresentou na Comissão de Política, no dia 16/10, o documento sistematizado da Política Nacional de Educação Permanente do SUAS, detalhando as contribuições recebidas nesse processo de construção, conduzido de forma democrática e participativa. Pontuou aspectos que contribuíram para a melhor definição dos princípios e diretrizes dessa política para o desenvolvimento de percursos formativos no âmbito do SUAS, visando contribuir com o aprimoramento da gestão e com a qualidade da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais e, ainda, a valorização dos trabalhadores do SUAS.

O documento será avaliado para a devida deliberação no início do ano de 2013, tendo em vista a priorizacão dos debates sobre a NOBSUAS ate o final de 2012.



Conselho Nacional de Assistência Social
http://www.mds.gov.br/cnas

Caso não queira mais receber o Informe CNAS, favor responder para cnas.informa@mds.gov.br

Doutorado em Música na UFMG - Compartilhando

Prezados colegas,

Estamos, agora oficialmente, com o doutorado em Música aberto na Escola de Música da UFMG. A primeira turma, com entrada para o 1o semestre de 2013, tem o prazo de inscrição até 31 de outubro de 2012.

Para maiores informações, favor consultar o site da Escola de Música - Pós Graduação
www.musica.ufmg.br/mestrado.html

Informo que, embora a Musicoterapia não conste como uma das linhas de pesquisa, é possível desenvolver um trabalho de Pesquisa em Musicoterapia dentro de algumas das 5 linhas existentes assim como ocorre com o Mestrado:

Processos Analíticos e Criativos
Estudos das diversas modalidades do fazer musical, articulando suas instâncias de criação e de análise a partir de uma abordagem que privilegia processos e materiais tais como composição, elementos de estruturação, escritura e técnica instrumentais, arranjo, fonografia, concepções interpretativas, multimeios.

Música e Cultura
Estudos dos fatos sonoro-musicais como fatos de cultura e instâncias de produção de grupos sociais, de modo que as abordagens estéticas os percebam como indissociáveis da trama de relações históricas, culturais e sociais em que estão inseridos.

Performance Musical
Estudos que têm como foco principal a performance de um repertório e sua investigação a partir de matrizes teóricas variadas (históricas, estilísticas, pedagógicas, culturalistas, sonológicas, organológicas etc.), visando tanto o aperfeiçoamento técnico e interpretativo quanto o desenvolvimento de discussões teóricas.

Educação Musical
Estudos e reflexões sobre processos e práticas de ensino e aprendizagem musical envolvendo fundamentos, valores, metodologias; currículos e avaliação; aspectos filosóficos, psicológicos e sociológicos do fazer musical.

Sonologia
Estudo do material acústico em sua vinculação com as produções e atividades musicais, abordando problemas de criação/produção, análise, percepção e epistemologia. Utiliza conhecimentos das artes e das ciências exatas, humanas e biológicas bem como métodos variados, do processamento digital de sinais à escuta reduzida. Abriga projetos de caráter analítico, criativo, crítico, estético ou histórico dedicados à extração e processamento de informação musical, sistemas musicais interativos, cultura e história da escuta.

Abçs,

Renato


Renato Tocantins Sampaio
Professor Assistente – Escola de Música
Universidade Federal de Minas Gerais
renatots@musica.ufmg.br

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Musicoterapia mostra eficácia tratando sintomas da fibromialgia Pacientes submetidos à terapia musical tiveram redução de dor e depressão.

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 27/05/2011

Pesquisadores da Universidad de Granada, Espanha, provaram que musicoterapia, quando combinada a outras técnicas de relaxamento, reduz significantemente dor, depressão e ansiedade e melhora o sono entre portadores de fibromialgia.

O estudo teve 60 pacientes que sofrem de fibromialgia, escolhidos aleatoriamente na Espanha e divididos em dois grupos. Durante quatro semanas, foram aplicadas em um dos grupos uma técnica de relaxamento com imagens e musicoterapia, em uma série de sessões conduzidas por um pesquisador.

Esse grupo de pacientes recebeu um CD para ouvir em casa. Em seguida, os pesquisadores mediram uma série de variáveis associadas aos principais sintomas da fibromialgia, como a intensidade da dor, qualidade de vida, o impacto da doença na vida diária do paciente, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e bem-estar.

Enquanto o grupo que não foi submetido à terapia não relatou mudanças na dor, o outro grupo, que passou pela musicoterapia, teve redução significativa de dor e depressão depois das quatro semanas de tratamento.

Os estudiosos acreditam que existem ferramentas - como a arte de relaxamento, com imaginação guiada e musicoterapia receptiva - que são, efetivamente, eficientes no tratamento dos sintomas dessa doença. O baixo custo, fácil implementação e o fato de que os pacientes podem se envolver em seu tratamento em casa são algumas das vantagens dessa técnica.

O próximo passo do estudo é descobrir outras variáveis fisiológicas associadas ao bem-estar gerado por essas duas técnicas e o impacto da participação dos pacientes em seu próprio tratamento.

"A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo. Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo. "Pacientes portadores do Mal de Alzheimer, por exemplo, resgatam aspectos da memória através de canções e sons de rotina", diz a especialista.

O tratamento é altamente indicado para pessoas que apresentam distúrbios de comunicação (como transtornos de fala e gagueira); de comportamento (como hiperatividade); neurológicos, lesões cerebrais e dislexias. Nem as doenças mentais, como autismo infantil, esquizofrenia e depressão, resistem a uns bons acordes.

A terapia com as notas musicais divide-se em etapas: a musicodiagnóstica, em que são coletados dados relativos a historia pessoal, clínica e sonoro-musical do paciente. Em seguida, o especialista detalha seus objetivos e submete ao paciente seu plano de ação. Começa, então, a etapa de tratamento em uma sala especial, com acústica adequada. As sessões incluem música e recursos sonoros variados de CDs, vozes, instrumentos e até mesmo ruídos. O especialista avalia a reação do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resultados com seu projeto inicial.

"Efeitos positivos têm sido verificados logo nas 10 primeiras sessões, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento da percepção global do paciente", avalia Maristela Smith.

FIBROMIALGIA

O que é Fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome comum em que uma pessoa sofre de dores por todo o corpo por longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos moles.

A fibromialgia também está relacionada à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.

Causas
A causa é desconhecida. As possíveis causas ou os desencadeadores da fibromialgia incluem:

Trauma físico ou emocional
Resposta anormal à dor, em que áreas do cérebro responsáveis pela dor podem reagir de forma diferente em pacientes com fibromialgia
Distúrbios do sono
Infecção, como um vírus, embora nenhum tenha sido identificado
A fibromialgia é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 50 anos.

As seguintes doenças podem acompanhar a fibromialgia ou imitar seus sintomas:

Dor crônica no pescoço ou nas costas
Síndrome da fadiga crônica
Depressão
Hipotireoidismo (tireoide inativa)
Doença de Lyme
Distúrbios do sono
Exames
Para ser diagnosticado com fibromialgia, é preciso ter pelo menos 3 meses de dor generalizada, além de dor e sensibilidade em pelo menos 11 de 18 áreas, incluindo:

Braços (cotovelos)
Nádegas
Peito
Joelhos
Região lombar
Pescoço
Caixa torácica
Ombros
Coxas
Os exames de sangue e urina geralmente estão normais. Entretanto, podem ser feitos exames para descartar outras doenças que apresentem sintomas similares.

Sintomas de Fibromialgia
A dor é o principal sintoma da fibromialgia. Ela pode ser leve ou intensa.

As regiões doloridas são chamadas de pontos de sensibilidade. Os pontos de sensibilidade se encontram no tecido mole da nuca, ombros, tórax, região lombar, quadris, canelas, cotovelos e joelhos. A dor então se espalha a partir dessas áreas.
A dor pode ser percebida como profunda ou uma dor aguda e ardente.
As articulações não são afetadas, embora possa parecer que a dor venha das articulações.


Principais pontos de sensibilidade da fribromialgia
As pessoas com fibromialgia tendem a acordar com dores no corpo e rigidez. Em alguns pacientes, a dor melhora durante o dia e piora à noite. Outros pacientes sentem dor o dia inteiro.

A dor pode piorar com atividades, clima frio ou úmido, ansiedade e estresse.

Fadiga, estado deprimido e distúrbios do sono são observados em quase todos os pacientes com fibromialgia. Muitos afirmam que não conseguem dormir ou continuar dormindo e que se sentem cansados quando acordam.

Outros sintomas de fibromialgia podem incluir:

Síndrome do intestino irritável (SII)
Problemas de memória e de concentração
Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
Palpitações
Redução na capacidade de se exercitar
Cefaleia tensional ou enxaqueca
Saiba mais
Vídeo: conheça os sintomas e o diagnóstico da fibromialgia
Fibromialgia: uma dor que não passa
Buscando ajuda médica
Consulte um profissional da área da saúde se tiver sintomas de fibromialgia. Reumatologistas e neurologistas ajudam no diagnóstico e no tratamento do problema.

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visão geral sintomas tratamento e cuidados convivendo (prognóstico) prevenção
Tratamento de Fibromialgia
O objetivo do tratamento é ajudar a aliviar a dor e outros sintomas, ajudando o paciente a enfrentar os sintomas.

O primeiro tipo de tratamento pode envolver:

Fisioterapia.
Programa de exercícios e preparo físico.
Métodos para alívio de estresse, incluindo massagem leve e técnicas de relaxamento.
Musicoterapia.

Se esses tratamentos não funcionarem, seu médico poderá prescrever um antidepressivo ou relaxante muscular. O objetivo da medicação é melhorar o sono e aumentar a tolerância à dor. O medicamento deve ser usado junto com exercícios e terapia comportamental. A duloxetina , a pregabalina e o milnaciprano são medicamentos aprovados especificamente para tratar a fibromialgia.

Entretanto, muitas outras drogas também são usadas para tratar a doença, incluindo:

Medicamentos anticonvulsivos
Outros antidepressivos
Relaxantes musculares
Analgésicos
Hipnóticos

A terapia cognitivo-comportamental é uma parte importante do tratamento. Com ela, você aprenderá a:

Lidar com pensamentos negativos
Manter um diário de seus sintomas e dores
Reconhecer o que agrava seus sintomas
Buscar praticar atividades agradáveis
Estabelecer limites
Os grupos de apoio também podem ser úteis.

Entre outras recomendações, estão:

Seguir uma dieta bem balanceada
Evitar cafeína
Manter uma boa rotina de descanso para melhorar a qualidade do sono (consulte: insônia)
Acupressão e acupuntura
Os casos graves de fibromialgia podem necessitar ser encaminhados a uma clínica de dor.

Expectativas
A fibromialgia é um distúrbio de longa duração. Às vezes, os sintomas melhoram. Outras vezes, os sintomas podem piorar e continuar durante meses ou anos.

Prevenção
Não há formas de prevenção para a fibromialgia.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

HOMENAGEM AO MEU PAI - Falecido em 18.09.2012



Meu pai ensinou minha família a cantar esta lindíssima canção a 4 vozes, enquanto morávamos em Minas Gerais, nos idos anos 70 a 80. Ensinou muitos outros amantes da música - leigos ou não - a catarem também... Onde quer que passávamos - nos vários lugares em que vivemos - nós cantávamos esta música como demonstração de amor pelo povo que nos acolheu... e pelas pessoas que marcaram nossas vidas. Coisas do meu pai! Ensinou através do exemplo, que a música era a melhor maneira de nós (família Gonzalez) expressarmos nosso amor aos nossos mais queridos. Que lição!

Adolescente sem braços toca violão com os pés e ganha bolsa de estudos George Dennehy foi premiado nos EUA com bolsa para formação artística. Vídeo que mostra ele tocando e cantando é sucesso na internet.

Um adolescente que nasceu sem os braços e aprendeu a tocar violão com os pés foi premiado com uma bolsa de estudos voltada à formação artística durante um festival realizado em Ashland, na Virginia (EUA).

George Dennehy toca violão com os pés durante evento na Virgínia (EUA) (Foto: Reprodução)

George Dennehy, de 18 anos, aparece em um vídeo interpretando uma música dos Goo Goo Dolls durante a Festa do Morango de Ashland.
Mais de 120 mil pessoas já assistiram ao vídeo, que vem sendo apresentado como um símbolo da capacidade de superação das pessoas (assista ao vídeo).

Coral em Patos de Minas, MG, ajuda a superar limites e preconceitos

'A música traz benefícios psicológicos e físicos', diz regente.
Coral existe desde 1995 e exerce um trabalho de socialização e aprendizado.


As aulas e apresentações de um coral de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, têm contribuído para a melhora de vida de muitos integrantes. Alguns alunos participam em família e relataram que é possível superar limites e quebrar preconceitos através da música. Segundo o regente Sérgio Cunha, alguns membros fazem parte do grupo desde a fundação e garantem que a música traz benefícios não só psicológicos, mas físicos também.
Ainda de acordo com Sérgio, o coral denominado ‘Vozes’ existe desde 1995 exerce um trabalho de socialização e aprendizado. O grupo, que conta atualmente com mais de 35 pessoas, faz apresentações sem fins lucrativos e tem em no repertório óperas, musicais e clássicos da música brasileira. “O coral é uma das minhas escolas e aprendo com as dificuldades dos alunos, o que contribuiu tanto para a minha formação quanto para a deles”, disse.
Maria das Graças Vieira tem 60 anos e participa do coral junto com a filha Tatiane Aparecida Vieira, de 28 anos. Ela contou que a as atividades no grupo musical mudaram completamente a vida delas e da família. “Aos 12 anos a Tatiane teve esclerose múltipla e parou de andar e enxergar e a música foi algo maravilhoso na vida dela, porque ela não saía de casa, não tinha amigos e nada para fazer. O coral a tem ajudado muito e também a mim”, contou.

Ela foi a primeira deficiente a entrar no conservatório e nós sofremos muito com o preconceito, mas hoje ela canta, toca piano e ainda fala três idiomas. E quando temos que tirar músicas estrangeiras, que são mais difíceis, ela me ensina em casa"
Maria das Graças, mãe de Tatiane Aparecida Vieira e aluna do coral

Maria das Graças contou, ainda, que o coral ajuda a lidar com as dificuldades. “Eu pretendo ficar no coral enquanto der porque é algo que me ajuda no dia a dia. Se tivesse coral todos os dias é algo que seria muito gostoso na minha vida. Quando me apresento eu me sinto alguém, me ‘sinto gente', me sinto feliz no meio de tanta gente me olhando cantar. O regente é exigente, mas aprendemos muito com ele”, comentou.
Para a filha Tatiane Aparecida, o coral é a segunda família. “Tenho muitas amizades e são pessoas com quem eu posso contar sempre. No dia em que não temos aula, eu e minha mãe sentimos falta”, disse.
Tatiane contou também que a participação no grupo influencia também no bem estar. “Fico menos estressada e cansada. Quando começamos a aquecer sinto que tudo muda porque ficamos com um astral melhor e saímos de lá sorrindo e brincando”, contou.
“Estar cantando e atuando é algo gostoso porque você não é mais a pessoa que é no dia a dia, você é o personagem”, concluiu a musicista.
Geralda de Freitas, que gosta de ser chamada como Naná, tem 75 anos de idade e é a integrante mais antiga do coral. Segundo ela, os dias em que têm aula são especiais. “O coral é tudo para mim, é o momento de estudo onde posso aperfeiçoar o canto e me traz realizações de vida. Gosto muito e não perco os ensaios e nem as aulas”, contou.

Integrantes disseram que o coral é como uma
segunda família. (Foto: Sergio Cunha/Arquivo pessoal)


“Faz bem para a saúde física e espiritual porque eu, por exemplo, que já estou na terceira idade, percebo que ajuda a minha memória, pois temos que estudar e decorar as músicas”, comentou.
Geralda finalizou ressaltando que enquanto tiver condições estará no coral uma vez que, segundo ela, é algo que a completa. “Nas apresentações me sinto realizada e alegre porque vemos que o público gosta, aplaude, comparece e vemos que eles apreciam muito a música clássica. Sempre que o coral faz qualquer apresentação o ambiente sempre está repleto e recebemos muitas palavras de incentivo do público. Sentimos que estamos passando uma mensagem de alegria”, contou.
Terezinha Maria de Magalhães tem 66 anos e participa há cinco anos do coral junto com duas filhas. Ela afirmou que muita coisa mudou desde então. “Mudou no bem estar físico e mental, porque às vezes estou chateada e quando vou para o coral esqueço tudo. A gente se transforma”, comentou.
“O coral é um momento de relaxamento e ajuda também na saúde física porque trabalhamos a postura e respiração também. No caso da minha mãe ajudou muito porque antes ela era muito agitada e nervosa”, destacou uma das filhas de Terezinha, Maristela Magalhães.
A irmã de Maristela, Gisele Magalhães, reafirmou o que foi dito pela mãe. “Depois de um dia estressante de trabalho participo do coral e acaba sendo como uma terapia. Não consigo viver sem, não há como me desligar da música, pois está na alma”, disse.
Assista uma das apresentações do coral clicando no link.
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Pedreiro do ES aprende a tocar piano sozinho e conquista sonho

Operário começou a trabalhar em uma casa onde havia aulas de piano.
Talento rendeu aulas profissionais gratuitas.


Quando começou a trabalhar em uma obra no Centro de Vitória, o ajudante de pedreiro Rony Chagas não imaginava que o serviço o ajudaria a conquistar o sonho de ser pianista. No segundo andar da casa em reformas, a melodia do piano tomava o canteiro de obras e despertava a curiosidade do trabalhador. Sem nunca ter feito aulas, o jovem confessou que aprendeu a tocar "de ouvido", em um teclado antigo de seu irmão, mas a vontade e a curiosidade sobre o instrumento acabaram rendendo ajuda profissional.
"Eu ficava com vontade de tocar, mas tinha vergonha de pedir para fazer isso. Conhecia um pouco sobre piano, sabia tocar um pouquinho", disse. Não demorou muito para a dona da residência descobrir o desejo do trabalhador. "Um dos pedreiros me abordou e falou que o Rony também sabia tocar piano. Então convidei ele a tocar", contou a dona da residência, Alba Aguiar. Aos 19 anos, era a primeira vez na vida que o rapaz chegava tão perto de um piano.
"Vi que ele é de corda, que tem umas marretinhas dentro que batem quando a gente toca, eu não sabia de nada disso", explicou o pedreiro. A cada música tocada, o encantamento e a surpresa se tornavam maiores para o rapaz, que nunca teve aulas de piano.
Apesar de não saber a maioria dos nomes dos compositores e das músicas que toca, Rony disse que aprendeu a tocar observando outros músicos. "Eu olhava muito a posição da mão esquerda dos pianistas, que ficavam sempre em uma sequência", disse.


Trabalhadores e moradores da casa de reúnem para ouvir as músicas tocadas pelo pedreiro. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Ajuda profissional
Uma das músicas tocadas pelo pedreiro foi filmada e enviada para a Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). Uma professora gostou e o rapaz foi convidado a fazer aulas gratuitas de piano. "Com poucas explicações, ele já está lendo as frases dos ritmos, isso com muita rapidez e corretamente. Significa que ele tem um potencial imenso e realmente raro", explicou a professora de piano Raquel Moraes.
Na casa em obras, o horário do almoço dos trabalhadores se tornou o momento de apresentações do jovem pianista, que deixa um pouco a enxada de lado e exercita os dedos e a mente tocando o instrumento. Na plateia, os colegas de trabalho e os moradores da residência se reúnem para ouvi-lo.
"Para mim foi impressionante ver esse trabalhador, uma pessoa simples, com toda uma história de vida, tocando dessa maneira. É muito bom ouvir a música dele", revelou a secretária da casa, Romilda Caldeira.

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MEDICINA E AFETO - DRA LUCIA V. BRAGA

Lúcia Villadino Braga
Medicina e afeto


Neurocientista que tratou Joãosinho Trinta, Herbert Vianna e Marcos Menna diz que a recuperação está também em entender o paciente

Celina Côrtes

A gaúcha Lúcia Villadino Braga vai ter um papel de destaque no desfile da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Graças a ela e sua equipe, do Rede Sarah, em Brasília, Joãosinho Trinta voltará a derramar sua criatividade no desfile da Escola de Samba Vila Isabel, reabilitado de seu segundo acidente vascular cerebral, ocorrido no início de 2005. Joãosinho, os vocalistas das bandas Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, e do L.S Jack, Marcos Menna, são três famosos na multidão de anônimos que usufruiu do método desenvolvido por Lúcia, uma loura de cabelos escorridos e vivos olhos azuis que mais parece integrante de um grupo de rock dos anos 70. A simpatia é irradiante. O maior segredo de seu método é o afeto. “Gosto de cada paciente”, confessa essa neurocientista de 47 anos, casada, três filhos e uma neta.

Lúcia chegou ao Sarah em 1977 convicta de que poderia usar a música, sua formação primeira, para reverter os danos das lesões cerebrais em crianças. Tem mestrado em psicologia e pedagogia e é doutora honoris causa da Universidade de Reims, na França. Misto de sangue alemão, italiano e indígena, é uma workaholic da comunidade internacional de neurocientistas e acompanha de perto as pesquisas com células-tronco neuronais, ainda restritas aos animais. Quando ISTOÉ chegou em seu gabinete, ela recebia o e-mail de um empresário de Houston (Estados Unidos), cansado de procurar tratamentos para seu filho, de 17 meses, com lesão cerebral. “As pessoas vêm para cá atrás de uma abordagem humanista, associada a equipamentos de Primeiro Mundo”, observa. Lúcia fica no hospital 14 horas diárias. Fora do trabalho, também se dedica a atividades diferenciadas. Ela esfria a cabeça a 20 metros de profundidade, em mergulhos no mar. E para as raras horas vagas se dedica a uma coleção de instrumentos, do piano à guitarra. “Já toquei violino e oboé.” Em suma, é uma artista.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? A sra. ajudou a devolver Joãosinho Trinta ao Carnaval 2006. Como foi a recuperação dele?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia Villadino Braga

Lúcia Villadino Braga – Ele veio pela primeira vez ao hospital em agosto de 1996. Tinha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) um mês antes, com uma hemeparesia (comprometimento leve em que a pessoa perde o controle de uma parte do corpo) direita, que causou distúrbio de linguagem. Tinha dificuldade para falar e caminhar. Naquele tempo, ainda não havia ressonância funcional, exame que nos permite ver o cérebro em funcionamento e verificar as soluções encontradas pelo próprio órgão para contornar os danos. Seu programa de reabilitação foi feito em cima do Carnaval, o que ele mais adora. Recuperou-se e voltou à avenida. Em novembro de 2004, passou mal e teve de ser internado de novo, quando comentou que havia mudado muito e estava mais disciplinado. Em março de 2005, teve uma hemeparesia esquerda. Veio em um estado muito grave, com dores, praticamente sem movimentos.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? O Carnaval voltou a direcionar o tratamento?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Dessa vez, não dava nem para avaliar seu raciocínio. Ele mal conseguia falar. Era difícil ouvir sua voz. Mas Joãosinho tem muita vontade de viver, de ser feliz. Começamos a recuperação em cima da concepção do Carnaval. Assim que sua voz recuperou um certo nível de intensidade, trabalhamos por telefone e e-mail. Ele se saiu muito bem. A região que comanda o movimento foi bem afetada, mas já é capaz de andar. Vai cruzar a avenida em um carrinho motorizado e trabalhará como carnavalesco. Passou o Natal em casa e volta para cá depois do Carnaval. Todos os pacientes o adoram. Quase montou uma escola de samba no hospital e está levando um grupo de cadeira de rodas para desfilar.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Joãosinho sofreu dois AVCs. Não há risco de reincidência?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – A reincidência de AVC é comum. Quando a pessoa sofre o primeiro, tem de fazer exames para apurar se há tendência genética e tomar muito mais cuidado. Ele está bem orientado, em termos de dieta, medicação e de evitar o stress. Deve ter acompanhamento permanente. Coordeno uma equipe multidisciplinar, de quase 60 pessoas. Seis a oito ficam mais próximas do paciente.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Quais as alternativas criadas para o Herbert Vianna?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Fizemos a ressonância funcional e vimos que, no início do tratamento, em julho de 2001, ele usava mais as áreas da visão e do ritmo. Para cantar e lembrar da música, em vez de usar as partes lesadas, ele recorria à porção do cérebro associada a imagens e ao cerebelo, que é ligado ao ritmo. Estabelecemos o programa junto com ele e a família. Vimos a lesão se modificar à medida que ele melhorava. Passou a usar mais as áreas de abstração e decisão, como os lobos parientais e frontais, e construiu estratégias para se lembrar. Hoje ele compensa muito bem os danos que sofreu. Fez dois períodos de internação e mantém um acompanhamento. O mais importante para ele é cuidar dos três filhos e voltar à música. Sua evolução é permanente.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Como ele estava quando chegou ao hospital?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – O acidente de ultraleve foi em fevereiro de 2001 e ele ficou internado aqui de julho a agosto. Voltou em outubro e vem ao hospital periodicamente, a última vez em dezembro. Herbert sofreu dois tipos de lesão, uma na medula, e por isso não caminha, e outra, significativa, no lóbulo temporal esquerdo. Essa área do cérebro está ligada à memória. Foi isso que perdeu. Herbert é muito inteligente e criativo e manteve essas características. Ele chegou em estado muito grave. Tocava uma música e, quando acabava, dizia “lembrei outra” e repetia a música. “Lembrava” outra e voltava a tocar a mesma. Isso podia durar até uma hora, sem que percebesse. Eu falava com ele, voltava meia hora depois e, com jeito educado, se desculpava, mas dizia não se lembrar de mim.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Herbert vai continuar a melhorar?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – A memória está ligada à atenção e ao desejo de reter a informação. Depois de uma lesão, isso se torna mais difícil. Mas Herbert sempre sabe tudo o que se refere ao Paralamas e aos filhos. Perguntas da vida cotidiana são mais difíceis. Havia um conceito de que as pessoas recuperavam muito nos primeiros seis meses, depois estacionavam. Não é isso o que noto. A recuperação não pára. Fazemos avaliações periódicas e cada vez ele está melhor. Vai continuar melhorando. O importante é que está tocando a vida, sustenta a família, compõe e já lançou três CDs depois do acidente.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Como está sendo a reabilitação do vocalista Marcos Menna (ele fez uma lipoaspiração em 2004, teve um choque anafilático e uma parada cardiorrespiratória que durou 20 minutos. O cérebro deixou de ser irrigado, comprometendo parte de suas funções)?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – O choque aconteceu em agosto de 2004 e ele ficou aqui de 31 de agosto a 22 de dezembro. Em 2005 voltou várias vezes. Sofreu uma lesão difusa, na qual não há um foco específico e sim um comprometimento amplo do cérebro. Quando chegou, não falava, não coordenava o movimento da boca e se alimentava por traqueostomia. Sua lesão pegou o movimento, a área da deglutição e diversas outras. Mas acreditamos em sua melhora. Hoje, ele já tem plena consciência de ser músico e canta bem.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? A música foi o tratamento?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Ele tinha movimentos involuntários do corpo e dificuldade com a voz. Na última vez que esteve aqui, cantou junto com o CD. Temos um software no qual podemos comparar a voz dele à gravação. Já consegue fazer o que fazia. Aqui ele, além da fonoaudiologia e fisioterapia, está sempre tocando. Quer voltar a ser músico. Não o perturbo para fazer outras tarefas, mas sim o que gosta.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Como a sra. entrou nessa área?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Quando procurei o Sarah, em 1977, acreditava que podia recuperar crianças com lesão cerebral por meio da música. Comecei a trabalhar e passei a aprender com os pacientes e suas famílias. Na verdade não sabia nada e talvez hoje saiba menos ainda. Quanto mais estudo, mais dimensiono minha ignorância. Quando comecei, a ciência no Brasil ainda era muito primitiva, nem havia tomografia computadorizada. Quando vi as primeiras tomografias fiquei surpresa porque crianças com quadros graves de paralisia cerebral pareciam normais no exame, ainda muito rústico. A tecnologia evoluiu e hoje podemos ver todas as alterações cerebrais.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Qual é o diferencial de seu trabalho?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Percebi a necessidade de ouvir as pessoas, aprender e tentar entendê-las. Lembro-me de um atendimento com uma criança quando ainda usava mais música. Comecei a tentar técnicas de livros, mas nada funcionava. Olhei nos olhos da menina e percebi: qual a minha de vir com uma técnica de fora para dentro? Eu a peguei no colo e passei a interagir com ela. Foi muito legal. A maior mudança esses anos foi ter mais tecnologia para diagnóstico, prognóstico e tratamento, além do aprofundamento de procurar enxergar o outro e compreendê-lo.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Como acontece a reabilitação de dentro para fora?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Substituímos as redes neuronais. Hoje sabemos que temos redes neuronais, do cérebro, usadas para falar, memorizar, planejar, uma para cada atividade. De início, a ressonância funcional fez um mapeamento cerebral. Percebi que a técnica podia mostrar os caminhos que o cérebro encontra para se reorganizar. Comecei a ver que, quando o cérebro sofre algum impacto, a pessoa tenta usar outras áreas para manter a memória. Tive um paciente que usava áreas da visão para se lembrar. Então, usei estímulos visuais para reforçar a rede neuronal que já estava sendo desenvolvida. Assim, a reabilitação passa a ser de dentro para fora. Reforçamos os caminhos que os próprios neurônios fazem. Se alguém tem um problema de memória, temos de saber qual o contexto profissional da pessoa. Ela vai usar o cérebro para sua atividade.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? O envelhecimento do cérebro explicaria a perda de memória?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Assim como o corpo, o cérebro deve estar sempre em exercício. O envelhecimento do cérebro é muito questionável. Se a pessoa continua exercitando, isso se soma à experiência de vida. O cérebro só decresce quando há uma patologia, como o mal de Alzheimer.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Qual é a melhor maneira para exercitar a memória?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Há uma idéia de que, com a idade, a pessoa perde a memória, principalmente a partir dos 45 anos. Nessa faixa etária costumamos assumir grandes responsabilidades profissionais, além das responsabilidades de vida. É uma etapa de muito stress, que influi na memória. Se a mãe esquece a mamadeira no fogo, está estressada. Se é a avó, está gagá. É puro preconceito. Muitas vezes uma pessoa de 50 anos se queixa que a memória está pior do que a da mãe, com 75 anos. Porque a mãe já não está sob stress. Temos de exercitar a memória dentro de nosso contexto. Ler, discutir sobre assuntos de cada foco de interesse. Quando a pessoa discute, exercita sua rede neuronal.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Qual sua pesquisa mais recente?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – Ela acaba de ser publicada no livro The child with traumatic brain injury or cerebral palsy (editora Taylor & Francis), lançado este mês na Inglaterra (ainda não disponível no Brasil). Foi o resultado de pesquisas de treinamento de família. Dividimos um grupo de crianças em dois: um foi tratado pela equipe e outro pela família, que aprendia nossos métodos. Tudo virou uma brincadeira agradável no contexto da criança. As que foram tratadas por um ano pela família tiveram desenvolvimento cognitivo e motor muito melhor. O papel dos pais de ensinar a criança a andar é natural. Depois de uma lesão, a família é normalmente excluída, quando não precisa ser. O livro é resultado dessa metodologia, que prova a importância do afeto na recuperação.

ISTOÉ -
ISTOÉ ? Que avanços as pesquisas com célula-tronco ainda podem trazer para a recuperação de lesões cerebrais?

LÚCIA VILLADINO BRAGA -
Lúcia – As perspectivas são fantásticas. Até a célula nasal pode se transformar em célula neuronal. Mas as pesquisas ainda são feitas em animais. No fim de 2005 participei de uma reunião nos Estados Unidos com neurocientistas para avaliar que rumos vamos tomar. A tendência mundial é a de ainda não transpor as experiências para o ser humano porque a célula neuronal é muito complexa. Estamos trabalhando com neuromarcadores. Vamos injetar células-tronco neuronais que serão marcadas para vermos para onde elas vão migrar. Quando tivermos mais segurança do local correto onde injetar e de como controlar sua migração – o que pode levar entre um e dez anos –, podemos partir para pesquisas em humanos. O bom é que a comunidade científica trabalha muito ligada, compartilhando as informações.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MUSICA INTUITIVA - MÚSICA EXPERIMENTAL e Stockhausen


A música de Stockhausen já foi classificada de "neuroticamente bela" pelo diário britânico "The Guardian". O artista alemão é um dos representantes da música electrónica do século XX, afirmando-se depois de 1945 (fim da II Guerra Mundial).

Karlheinz Stockhausen explorou a música electrónica como uma forma de expressão artística. Em 1953, começa a criar sons electrónicos em estúdio, que depois eram combinados com outros instrumentos. Com o desenvolvimento tecnológico, como a invenção do sintetizador, Stockhausen pôde refinar a sua técnica e começar a dar concertos ao vivo.

Aperfeiçoar a música intuitiva foi um dos objectivos de Stockhausen. Na obra Sete Dias, de 1968, não existe uma nota fixa. A música é feita através da inspiração dos músicos, que seguem indicações do compositor.

Litch (Luz), cuja apresentação dura 29 horas, é um ciclo de ópera com sete partes, cada uma com o nome dos sete dias da semana. Stockhausen começou a trabalhar nesta obra no fim dos anos 70, apresentado-a em 2004.

O músico e compositor, que perdeu os pais durante a II Guerra, estudou música, literatura e filosofia na Universidade de Colónia. Passou por Paris, na década de 50, onde estudou com o compositor Olivier Messiaen. Na década de 60, teve um papel activo no movimento artístico de vanguarda, Fluxus.

Karlheinz Stockhausen morreu aos 79 anos de idade, em junho de 2004.

Bobby McFerrin faz MÚSICA INTUITIVA E 'MENTAL' com a plateia, no World Science Festival 2009.


Bobby McFerrin hacks your brain with the pentatonic scale.
World Science Festival 2009 - FEstival Mundial de Ciência de 2009 - Bobby McFerrin faz uma apresentação incrível.
Totalmente aplicável na MUSICOTERAPIA.

Depoimento do maestro João Carlos Martins no último capítulo de Viver a ...

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Apresentação do Grupo Coral Terapêutico da Escola 29 de Março







Apresentação feita em homenagem ao aniversário da Escola 29 de Março, no mês de março de 2012. Nesta apresentação o Grupo apresentou uma COMPOSIÇÃO de autoria de uma dos componentes deste grupo, atualmente composto por 10 alunos da escola - Jefferson. Este é um projeto do ano de 2012, com o objetivo de desenvolver todo o potencial criativo dos alunos, além de atingir fins terapêuticos, tais como: desenvolver a fala, a memória, a atenção e a concentração, consciência de limites, desenvolver a auto-estima, possibilitar mais um meio eficaz de expressão, possibilitando aos alunos "colocar para fora" seus sentimentos, emoções, idéias e opiniões, sua visão e experiências de vida. Trabalha-se a respiração, o que possibilita maior facilidade em articular, ou pronunciar palavras e frases, além de aumentar a capacidade respiratória e baixar o nível de ansiedade. É um trabalho realizado semanalmente. Para os alunos é um momento de prazer, onde também desenvolvem a socialização.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PARALISIA CEREBRAL - ATETÓSICA


Sessão de musicoterapia com paciente portadora de paralisia cerebral e cadeirante. Aluna da Escola 29 de Março - Curitiba. Paciente com seu instrumento predileto; eleito pela mesma. Percebe-se a diminuição dos movimentos involuntários quando a paciente executa o instrumento. Há um estímulo sonoro-musical com repertório de sua escolha, respeitando, assim, sua identidade sonora (ISO, durante a atividade com prática instrumental. O objetivo do tratamento com esta paciente é viabilizar um forma de se expressão mais eficaz, aumento da auto-estima e ajudá-la na conscientização dos seus movimentos e do seu próprio corpo. Após estabelecido o vínculo, a paciente sente prazer em realizar as atividades interagindo com a musicoterapeuta.

INSTRUMENTO MUSICAL ADAPTADO PARA PORTADOR DE PARALISIA CEREBRAL - CADEIRANTE



NÃO ALTERE A VOZ...



SIMPLICIDADE - Leonardo Da Vinci



DO QUE AS CRIANÇAS COM AUTISMO PRECISAM



PENSANDO MÚSICA



EDUCAÇÃO MUSICAL...



ORAÇÃO DO MÚSICO



PORQUE RESPIRAR DE FORMA CORRETA ACALMA



DEVE-SE ENSINAR ÀS CRIANÇAS QUE OS SERES HUMANOS SÃO MUITO DIFERENTES...



SUPERAR É PRECISO



MUSIC ON - WORLD OFF



Music is what fillings...



MINHA MÚSICA, MEU...



ECG...



MAIS QUE ASSISTIR A UM CONCERTO...



MÚSICA É CONSTANTE RENOVAÇÃO



PALESTRA EM RODA - Feed Back de participantes

domingo, 2 de setembro de 2012

Um recital de piano muito especial.


Assisti ao vivo este recital. Este foi o último aluno do programa de apresentações. Fiquei impressionada como ele ficou a vontade... a música estava dentro dele; o ritmo. Sua expressão corporal, enquanto tocava, denotava toda intimidade que ele tinha com o repertório que apresentou, frente a uma platéia.

Os momentos da vida são como notas musicais...

‎"Os momentos da vida são como notas musicais: sozinhos, soam vazios, e apenas em sequência conseguimos discernir sua melodia"

-Guilherme Policena de Almeida

Apenas 7 notas musicais...

‎"Apenas sete notas musicais são necessárias para se compor a mais bela sinfonia. No entanto, basta um gênio para colocá-las no lugar certo"
-Antônio Luiz Macedo

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

XILOFONE

Os Xilofones são instrumentos de percussão da família dos teclados. Assim como os metalofones e marimbas, eles possuem afinação definida, capacidades melódicas e harmônicas além de sua natural característica rítmica. Este instrumento é ótimo para improvisar, praticar música em conjunto e acompanhar melodias cantadas ou tocadas por outros instrumentos. Indicado para práticas artísticas, pedagógicas e terapêuticas.

Xilofone (do grego ξύλον — xylon, "madeira" + φωνή —phonē, "som, voz",algo como "som da madeira") é o nome genérico para vários instrumentos musicais, mais precisamente idiofones percutidos, que consistem em várias lâminas de madeira dispostas cromaticamente. Entre os instrumentos que se podem considerar como xilofones temos o xilofone (propriamente dito), a marimba, o balafon, etc.
O Xilofone propriamente dito é um instrumento musical definido como de percussão, de altura definida ou de som determinado.
Apareceu nas orquestras no século XIX.
Compõe-se de uma seqüência ordenada de placas de madeira, dispostas de maneira análoga às teclas de um piano. Desta maneira, as placas de madeira de som mais grave estão à esquerda do executante e, em direção à direita, as notas vão tornando-se agudas.
Há uma seqüência de placas em primeiro plano que equivalem às teclas brancas do piano (notas naturais) e, em segundo plano um pouco mais elevadas, as placas de madeira que equivalem às teclas pretas do piano (notas acidentadas).
Sob cada placa de madeira, há um tubo de ressonância, geralmente em alumínio, que dá corpo ao som.
As placas de madeiras são confeccionadas com todo o esmero possível, criteriosamente secas e afinadas com precisão. Tradicionalmente, a madeira escolhida é o jacarandá (rosewood) mas no Brasil tem havido bons resultados com ipê.
O xilofone apoia-se sobre um suporte ou mesa com rodízios. Percutem-se as placas de madeira usando baquetas, com cabeças, que podem ser de madeira dura, de borracha ou outro material sintético, conforme o timbre que se queira.
Semelhante ao xilofone, a marimba, possui mais teclas de madeira mais largas, numa área mais grave.
Precursor do xilofone, é o balafon, originário de África. A diferença esta no reduzido número de teclas e na solução de cabaças para os ressonadores. Isto exige um formato curvo e amarrações em couro e cordas. Alguns músicos de Jazz têm demonstrado interesse por este instrumento musical africano, tendo sido introduzido em seus trabalhos vanguardistas. Atualmente o grupo de rock mais famoso que utiliza o xilofone é o Radiohead, presente em canções clássicas dos álbuns Ok Computer e In Rainbow

Amazing Grace- Mormon Tabernacle Choir

Sente-se no canto o verdadeiro espírito cívico, de amor a terra natal; a sua nação.

MÚSICA É A NECESSIDADE DA ALMA



... QUANDO A MÚSICA É BOA.



Música lapidando as mais valiosas jóias...



... as crianças!

ORAÇÃO DO MÚSICO rs



MÚSICA E COGNIÇÃO

MÚSICA E COGNIÇÃO

Para Straliotto (2001), a inteligência pode ser desenvolvida por meio da audição, já que cada código sonoro representaria um espaço ativado no cérebro, com a finalidade de reter a informação. Os neurônios, que recebem as informações codificadas, após serem ativados pelos códigos musicais, ficariam “abertos” para receberem conhecimento de outros órgãos dos sentidos. A ativação dos neurônios seria ampliada à medida que novos conhecimentos vão se somando por meio dos cinco órgãos do sentido. O autor explica que, maior será o conhecimento sonoro da pessoa quanto mais sons diferentes ela ouvir, por estar utilizando uma área cerebral maior para reter aquelas informações.

Em investigação realizada por Williamon e Egner (2004) foram examinados os comportamentos e as correlações neurais da memória musical. Havia a hipótese que um compasso simples em uma peça musical serviria como marco estrutural para codificação e recuperação da memória neste setor. O estudo foi realizado com seis pianistas profissionais, que revelaram com estudavam e memorizavam suas peças. Foram registrados eletroencefalogramas durante a tarefa de memorização. Os resultados confirmaram a hipótese que a memorização de compassos estruturais é crucial no armazenamento e decodificação de uma peça musical. Em um outro estudo relativo à memória, foi investigado como o conhecimento de um etilo específico contribui para a memorização de uma melodia. Para isso foram utilizados dois tipos de melodias, uma ocidental tonal e uma japonesa modal. Os estudantes ocidentais que possuíam anos de experiência com a música ocidental tonal tinham dificuldade em reconhecer o outro estilo. Estudantes mais inexperientes, com menos especialização no estilo tonal ocidental, tinham mais facilidade em memorizar ambas as melodias, indicando que a familiaridade com o estilo pode ser uma importante estratégia de memorização.

(Fonte:Ciências & Cognição 2006; Vol. 09 - http://www.cienciasecognicao.org/artigos/v09/m346117.htm )
Notas sobre os autores:

Patrícia Lima Martins Pederiva é Doutoranda (Faculdade de Educação, UnB). Atua como Professora da Escola de Música de Brasília.

Rosana Maria Tristão é Doutora em Psicologia e Professora da Faculdade de Medicina (UnB)

ENTENDA O QUE É A SÍNDROME DE DOWN



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Leila Pinheiro - Serra do Luar - Ao Vivo

J.S. Bach: Mass in B minor "Agnus Dei" - Andreas Scholl

REPORTAGEM sobre MUSICOTERAPIA - Painel UNIVALE - Parte 2

REPORTAGEM sobre MUSICOTERAPIA - Painel UNIVALE - Parte 1

EXTENSÃO X TESSITURA, NA MÚSICA



Na música, tessitura refere-se ao conjunto de notas usadas por um determinado instrumento musical, com a qualidade necessária à sua execução. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço de modo a que o timbre saia com a qualidade necessária. A tessitura tem, portanto, uma abrangência menor que a extensão. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Aceleração e Depressão - Maria Rita Kehl no Café Filosófico

Pai adapta moto para filha cadeirante e outro cria remédio para salvar filho.


Link: http://tinyurl.com/8j6uq6a (para assistir ao vídeo da reportagem)
TV Globo - Fantástico.
Obs: Este pai (Sr. Adolfo), que criou um remédio para o filho, é pai do Victor (aluno da Escola 29 de Março em Curitiba - Escola onde trabalho como Musicoterapeuta).
Sr. Adolfo é homem estudado - engenheiro mecânico. Optou pela vida do filho (conforme relato na reportagem)... um exemplo pra todos nós. Também criou uma cadeira e adaptou à sua moto para que o filho poder acompanhá-lo.

REPORTAGEM:
Pai adapta moto para filha cadeirante e outro cria remédio para salvar filho
O Fantástico mostrou o caso de um pai que desenvolveu uma bota para o filho com paralisia jogar futebol. Agora mais dois casos mostram o que um pai é capaz de fazer para levar felicidade ao filho.

O Fantástico mostra o que um pai é capaz de fazer para levar felicidade ao filho.

Muitos pais levaram os filhos, neste domingo (19), ao estádio de futebol. E entre tantos deles, lá estavam o Alexandro e o Felipe, a dupla que você conheceu aqui no Fantástico, no domingo passado.

O Felipe tem paralisia, em virtude de um problema na hora do parto, mas quem disse que ele não joga futebol? Ele e o pai formam um jogador só, graças a uma botinha que o pai inventou. E desde que a invenção apareceu na TV, os dois viveram a semana mais intensa da vida deles.

No sábado (18), o Felipe fez um novo amigo, o Pedro. Outro menino que, assim como ele, não pode andar, mas adora futebol e também precisava de uma bota dessas.

“Eu gostei mais é que você atleticano. Aí deu certinho. Conta pra ele pra quem você torce. Atlético também”, brinca Bruno Vieira, pai do Pedro.

“A insegurança maior quem teve fui eu. Por que assim: eu senti pela primeira vez meu filho andando. E a insegurança passou pra mim. Eu senti a mesma coisa. Parece que eu estava aprendendo a andar naquele momento”, disse o pai do Pedro.

“Ele proporcionar isso para a gente também e para o filho dele. Para o nosso filho. Não tem explicação de como eu estou feliz, de como o Pedro Henrique ficou quando ele fez aquele gol e deu aquele sorriso”, destaca Tatiana Vieira, mãe do Pedro.

A universitária Izabelle, de 20 anos, tem má formação da medula e já passou por 29 cirurgias. O sonho dela não era futebol. Era moto! O pai, motociclista dos bons, e ela não podia acompanhar, porque não tem equilíbrio suficiente pra andar com segurança. Mas um dia ela fez a proposta.

“Nós fomos almoçar em um restaurante, minha mãe foi de carro comigo e ele foi de moto, Aí eu falei 'ah, deixa eu andar até em casa, né?’. Eu me senti pela primeira vez, como se, por causa da cadeira, ela não fizesse parte de mim por um instante, assim. Aquela era só a Izabelle”, ela conta.

Foi um passeio curtíssimo, envolvido em cuidados extremos. Mas despertou uma paixão impossível de segurar. E aí? E agora? Como botar a filha na estrada para sentir essa felicidade plenamente? A primeira barreira foi descobrir um jeito de poder transportar a cadeira de rodas junto.

“Foi difícil. Um não tinha interesse, outro não estava na linha de produção, até que eu consegui encontrar uma empresa que resolveu fazer”, conta o pai de Izabelle, João Marques da Silva.

Depois, uma moto com todas as adaptações para a Izabelle. Apoio pra coluna, um lugar para as mãos, um apoio maior para os pés, uma proteção para ela não encostar a perna no escapamento e se queimar. Acessórios que existem e que o pai mandou inventar. E que vieram no presente de aniversário de 18 anos.

“Ela nunca questionou a família, o pai e a mãe sobre as coisas que ela não tem, sobre as coisas que ela perdeu. Ela dá muito valor àquilo que ela tem e àquilo que ela pode”, disse a mãe Maria Bernardete Marques da Silva.

“Meu grande amor é a moto, é incrível, é indescritível. E todo mundo me diz 'você não tem medo?'. Eu estou com meu pai, eu estou com pessoas que me amam, então mais protegida, impossível”, disse Izabelle.

Mas o amor de pai pode ir muito além. Pode ser a salvação da vida do filho. É o caso do Vítor.

“Ele cresceu normal, sempre muito inteligente, muito ativo. Já estava pré-determinado a entrar no primeiro ano escolar com 5 anos, quando fomos chamados porque existia um problema e nos apresentaram o Vitor na sala de aula e ele não conseguia mais pegar lápis e canetas porque tinha problemas com a coordenação motora fina”, conta Adolfo Guidi, pai do Vítor.

Aos 10 anos, ele foi diagnosticado com uma doença rara e sem cura chamada gangliosidose tipo 2. Ele iria piorar cada vez mais. E, segundo os médicos, só teria mais um ano de vida.

“Aí que veio a loucura, porque quando a gente toma uma decisão passional ela é louca”, lembra o pai.

O pai deixou o emprego e passou a se dedicar exclusivamente a encontrar uma forma de salvar o filho. Até da mulher ele se separou. “Nunca tive apoio nem mesmo da família. A própria família me julgava louco”, afirma ele.

Depois de ler mais de 30 livros, Adolfo conseguiu entender que a doença atrapalhava a produção de uma enzima importante para a digestão.

“E aí eu defendi a tese da substituição enzimática. Os pesquisadores me assustavam que, eu com essa ideia de substituição enzimática, poderia matar o menino. Mas ele já estava predestinado à morte em pouco tempo, fui em frente. Não consegui montar uma equipe de pesquisadores para produzir uma medicação, tive apoio de um amigo que é médico homeopata, o doutor John Osman, e optamos em fazer a medicação pelo meio homeopático”, confessa o pai.

Vitor toma este medicamento inventado pelo pai há 13 anos. “E o resultado está aqui, né? E vai longe, né? Está muito forte, muito bonito, então acho que ele vai viver muitos anos ainda”, afirma o pai.

Os médicos continuam cautelosos. Mas ainda não descartam a eficiência da fórmula caseira desenvolvida por Adolfo.

“O sol nasceu e eu tenho uma série de problemas que eu nem conheço pra resolver. Eu posso ficar triste e decidir não resolver. E o dia vai terminar do mesmo jeito ou eu posso ter a atitude de: ‘eu vou enfrentar a cada problema que eu tiver no dia de hoje ou o que sobrou de ontem para resolver’”.

Pais e filhos.Quem é capaz de dizer o limite para esse amor?

Para o Felipe, a semana intensa, que começou com o Dia dos Pais na televisão, terminou no Estádio Independência, para ver o Atlético Mineiro. E parece que o Felipe deu sorte: o Atlético ganhou com gol no finalzinho!

Pianista de uma mão só se forma em prestigiosa escola britânica

Nicholas foi desestimulado em sua primeira tentativa de se matricular em uma escola de piano
Atualizado em 15 de agosto, 2012 - 07:04 (Brasília) 10:04 GMT
Fonte: BBC Brasil.
Quando adolescente, o britânico Nicholas McCarthy, de 23 anos, tentou uma vaga em uma escola para jovens pianistas. Mas foi recusado - não pode fazer o teste de admissão e ouviu que jamais teria sucesso em sua tentativa. O diretor da escola em questão disse a ele que seria melhor não desperdiçar o próprio tempo e o tempo de outras pessoas.
Mas persistir valeu a pena. McCarthy, que nasceu sem a mão direita, tornou-se o primeiro pianista de uma mão só a se formar, no mês passado, no prestigioso Royal College of Music, em Londres.
O jovem começou a ter aulas de piano aos 14 anos. Aos 17, garantiu um lugar no departamento de uma das mais importantes escolas de música londrinas.
Ravel, Prokofiev e Bartók estão entre os compositores que escreveram peças tocadas somente com a mão esquerda.

Vide vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/08/120815_piano_rp.shtml

W.A. Mozart- Sinfonia concertante (Maxim Vengerov, Robert Kabara & Sinfo...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Konzert In D Major (Adelaide-Konzert)

Beethoven Waldstein 1st mvt (8years old)

Fabio Lima plays Dos Canciones Catalanas by Miguel Llobet

DCI BLAST! - Bolero de Ravel

The Voca People Happy Birthday

The Voca People live in Athens-Greece Badminton Theater HD!!

The Voca People The Best of Acapella

O Rei Leão - Ciclo Da Vida

domingo, 19 de agosto de 2012

Violino.

Facebook: Miscelânia.

O timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas dependendo do encordamento utilizado, podem-se produzir timbres mais aveludados. O som geralmente é produzido pela acção de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas.

Também pode ser executado beliscando ou dedilhando as cordas (pizzicato), pela fricção da parte de madeira do arco (col legno), ou mesmo por percussão com os dedos ou com a parte de trás do arco.

Assim como outros instrumentos de cordas, os violinos também podem ser amplificados eletronicamente. A sua utilização mais comum é nos naipes de cordas das orquestras.

O género mais comum é a música erudita.

A palavra violino vem do latim médio, vitula, que significa instrumento de cordas.

Sua origem vem de instrumentos trazidos do Oriente Médio.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

El Nino Querido - King's Singers

King's Singers - I'm Yours (Complete)

Fabio Lima plays Dos Canciones Catalanas by Miguel Llobet

Bobby McFerrin - Ave Maria

Sing! Day of song - Bobby McFerrin - Improvisation

DCI BLAST! - Bolero de Ravel

The Voca People The Best of Acapella


Usando e abusando da voz. Todo o corpo canta.

MÚSICA COMO ESTIMULADORA DO PROCESSO COGNITIVO

MÚSICA COMO ESTIMULADORA DO PROCESSO COGNITIVO
Blog da Professora de piano Suely - Mãe de um filho especial (relato de sua experiência pessoal).
Como havia dito no outro tópico, a música sempre fez parte da nossa vida, mesmo antes dele nascer, já ouvia música, eu cantava para ele quando ainda dentro de mim... Uma vez por semana após seu nascimento, ele tinha contato com a música de uma forma mais direta, ouvindo músicas próprias para sua faixa etária, utilizando a ludicidade, nos departamentos infantis de nossa igreja; portanto música fazia parte do cotidiano de sua vida.
Portanto a música foi utilizada como estimuladora e dinamizadora do processo cognitivo, de integração e harmonização do ambiente domiciliar, escolar e social, numa ligação intrínsica que o estimulava a cada dia. A sua grafia era ruim por causa da dificuldade na coordenação motora fina, mas depois da era da computação sua escrita ficou normal(bendita tecnologia!) e seu vocabulário bastante rico.
Percebemos também que ao cantar as dificuldades com os encontros consonantais eram bem atenuados, diferente no falar.
Participou de vários recitais , tocando piano e cantando no coral da escola de música que tínhamos no interior do estado.
Suas dificuldades na escola eram mais com o "bulling" dos colegas, do que com as provas, e para enfrentar isso tinha acompanhamento psicológico....ele apenas necessitava de mais tempo para realizar as tarefas, exercícios e provas.
Na lógica matemática as dificuldades de aprendizagem se evidenciaram, mas a repetição dos exercícios o ajudavam bastante, aliás, entendeu que para conseguir chegar em seus objetivos teria de ter uma dose extra de boa vontade, repetir..repetir....recuar...para transpor o obstáculo. Na graduação para fazer provas de matemática financeira, uma professora particular o assistia em casa, repetindo os exercícios propostos.
A memória visual, visomotora e visoespacial também ficaram comprometidas... isso se evidenciou quando aos 21 anos quiz fazer sua carteira de habilitação, pois o irmão já estava na idade de fazê-la e isso o estimulou demais(desejava muito isso!), explicamos que seria difícil ele conseguir por vários fatores.....mas insistiu que desejava tentar....na legislação foi tudo bem...mas no psicotécnico não foi possível....e enfrentou a frustração....
Em 2005 graduou-se em Administração com ênfase em Marketing pela Unibrasil e trabalha como auxiliar administrativo numa grande empresa de educação de Curitiba.
Como é funcionário classificado como "deficiente", mesmo com graduação superior, trabalha das 8:30h às 18h e tem 1:30h de almoço, só seu salário não é compatível a sua graduação, mas sim de acordo com suas deficiências...
Sua última avaliação foi em 2005 quando graduou-se e necessitava de um Relatório de Avalição Neurológica para iniciar seu trabalho, o neurologista que o atendeu desde 1988 relatou:
...Observei as seguintes dificuldades:
- Na linguagem expressiva (disartria)
- Na motricidade fina (disgrafia) e motricidade global (equilíbrio)
- Na memória visual, visomotora, visoespacial;
- No raciocínio lógico da matemática;
- Nas funções cognitivas que interferem na organização do pensamento.
Apresenta comprometimento global das funções cerebrais que dificultam uma aprendizagem normal.

Gostaria de esclarecer que dentre os fatores de risco,que aumentam a probabilidade de déficits no desenvolvimento motor,o nível socioeconômico da família é um fator que pode interferir no desenvolvimento.

SegundoVictora et al (1992) algumas pesquisas evidenciaram a importância dos fatores
socioeconômicos na determinação da saúde da criança. Tem-se considerado a educação da mãe e
a renda familiar como elementos básicos, por serem indicadores de recursos disponíveis e
conhecimento ou comportamento em relação à saúde da criança.
As crianças com paralisia cerebral também se desenvolvem, só que num ritmo mais lento,
contudo o seu desenvolvimento não é apenas atrasado, mas é desordenado e prejudicado, isso por consequência da lesão cerebral(BOBATH e BOBATH, 1989). Portanto, como há
desenvolvimento, consequentemente ele pode ser influenciado por fatores de risco.
Dentre os fatores de risco, estão características familiares, que podem colocar as crianças
em maior risco para o seu desenvolvimento saudável. Dessas características podemos citar a
baixa renda familiar, baixa escolaridade dos pais, elevados níveis de estresse da família, baixos
níveis de suporte social, entre outros (FLEITLICH e GOODMAN, 2000; HALPERN e
FIGUEIRAS, 2004).
Bobath definiu a PC como sendo:
“[...] resultado de uma lesão ou mau desenvolvimento do cérebro, de caráter não progressivo, e
existindo desde a infância. A deficiência motora se expressa em padrões anormais de postura e
movimentos, associados com um tônus postural anormal. A lesão que atinge o cérebro quando
ainda é imaturo interfere com o desenvolvimento motor normal da criança.” (BOBATH, 1979, p.
11)
Katherine e Ratliffe (2002, p.177) também definem o problema quando descrevem que
qualquer lesão no cérebro em desenvolvimento que cause dano permanente e não progressivo,
que afete a postura ou o movimento da criança é denominado paralisia cerebral.
A PC é igualmente designada como encefalopatia crônica não-progressiva, causada por
lesões ocorridas no encéfalo imaturo, em desenvolvimento, tendo como consequência problemas
de motricidade, do tônus e postura, com ou sem comprometimento cognitivo (FONSECA, 2004;
GAUZZI e FONSECA, 2004). Estas lesões ocorrem nos diversos estágios de maturação,
surgindo antes de 3 anos de idade (KOK, 2003) e tendo causas pré, peri ou pós-natais (CORN,
2007)
Vários autores consideram o termo PC inadequado, uma vez que significaria o
estacionamento total das atividades motoras e mentais, o que não é o caso.
A criança com paralisia cerebral também se desenvolve, contudo, num ritmo mais lento.
Seu desenvolvimento não é só atrasado, mas segue um curso anormal. Todas as crianças com
paralisia cerebral atingem os seus marcos motores mais tarde quando comparadas com as
crianças normais, e tal constatação é independente da inteligência e grau de comportamento. Isto
não ocorre somente nas crianças com quadriplegia, mas também nas diplégicas e hemiplégicas
(BOBATH e BOBATH, 1989).
Dando continuidade à análise do mesmo autor, observa-se que as atividades motoras
anormais surgem quando a criança se torna mais ativa, isto é, quando ela se sentar, usar suas
mãos e braços, levantar, ou quando ela tentar andar, apesar de seus problemas físicos.
Segundo Lewis et al (1988), os riscos para o desenvolvimento podem estar presentes na
própria criança (componentes biológicos, temperamento e a própria sintomatologia), na própria
família (história e dinâmica familiar) ou no ambiente (nível socioeconômico, suporte social,
escolaridade e contexto cultural).
Observa-se que, quanto maior o número de fatores de risco atuantes, tanto biológicos
quanto ambientais, maior será a possibilidade do desenvolvimento da criança ser comprometido
(HALPERN et al, 2000; GRAMINHA, 1997).
Considerando-se todo o exposto, pode-se compreender que a criança com paralisia
cerebral, além do impacto da própria lesão cerebral, é capaz de sofrer influências de fatores de
risco que interferem em seu desenvolvimento motor, levando a um comprometimento em suas
habilidades funcionais de vida diária e função social.
(Fonte:PARALISIA CEREBRAL E FATORES DE RISCO AO DESENVOLVIMENTO MOTOR:
UMA REVISÃO TEÓRICA
CEREBRAL PALSY AND RISKS FACTORS IN MOTOR DEVELOPMENT: A
THEORETICAL REVIEW
Elisângela Andrade Assis-Madeira¹
Sueli Galego de Carvalho²
¹Fisioterapeuta, Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
²Psicóloga, Docente do Programa de Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento e Coordenadora de Pesquisa da
Universidade Presbiteriana Mackenzie

Musicoterapia em Evidência - Mt. Harley