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segunda-feira, 26 de março de 2012

Musicoterapia no Processo de Reabilitação

A MUSICOTERAPIA NO PROCESSO DE REABILITAÇÃO Reabilitação significa "readquirir ou restituir a estima pública ou particular". Em outras palavras, e do ponto de vista terapêutico, tornar o indivíduo um ser novamente hábil, capaz ou apto a realizar habilidades outrora perdidas, sejam elas emocionais, psicológicas, físicas, intelectuais, através de estimulação eficaz. E onde entra a música? A música sempre foi uma constante na vida do homem desde os primórdios da humanidade, e podemos encontrar provas disso em registros egípcios antigos, por exemplo. Nos E.U.A., desde a Primeira Guerra Mundial, os hospitais de veteranos contratavam músicos profissionais como "ajuda musical" na reabilitação dos mesmos. Interesses médicos foram atraídos devido aos resultados positivos desta ação. Surgiu então, a necessidade de um treinamento específico para fazer do músico um terapeuta. Em 1950, foi fundada a National Association for Music Therapy, e, desde então, a Musicoterapia cresceu para o mundo inteiro como profissão necessária e reconhecida. Segundo a Dra. Poch, fundadora da Associação Espanhola de Musicoterapia: "A música é, por excelência a linguagem da afetividade, do que não pode ser expresso por palavras, por isso a psicoterapia moderna a considera capaz de influir sobre as emoções humanas com mais intensidade e rapidez do que as demais belas-artes. Seu poder característico de influir sobre os sentimentos incide com mais força quando se atravessa um estado de exaltação ou depressão. Daí a importância que está adquirindo a Musicoterapia no momento de tratar todo tipo de problema". Da primeira infância à terceira idade a Musicoterapia pode significar, para as pessoas que a buscam, um fator de crescimento e uma contribuição para a melhoria da qualidade de vida. As vivências musicais proporcionadas pela Musicoterapia estimulam a criatividade e a autoconfiança, ajudando a mobilizar o potencial de saúde do cliente: reabilitando-o ou habilitando-o. Tocando, cantando, improvisando, acompanhando, re-criando, dançando e ouvindo música, a pessoa partilha a sua experiência em sessões individuais ou de grupo. Nos trabalhos desenvolvidos pela Musicoterapia nos Centros de Reabilitação no Brasil e no mundo, são atendidos crianças, jovens e adultos com diversas dificuldades, dentre elas estão: Distúrbios de Aprendizagem, Déficit de Atenção, Hiperatividade, Dificuldades Emocionais, Dificuldades em Socialização, Dificuldades em Estabelecer Limites, Agressividade, Baixa Auto-Estima, Disfonia, Disartria, Dispraxia, Dislalia, Dislexia, Afasia, Afonia. São tratadas também pessoas com: desordens neurológicas, autismo, deficiência mental, Síndrome de Down, deficiências físicas. O objetivo da Musicoterapia com esta clientela é estimular a sua reabilitação, através de um ambiente apropriado, dos elementos e propriedades da música e de técnicas musicoterápicas específicas para cada caso - considerando o indivíduo como um ser único - seja de forma passiva ou ativa. Quando são crianças e adolescentes ou paciente com idade mental equivalente a estes, as atividades (consignas) são aplicadas de maneira lúdica, onde podem vivenciar suas experiências de maneira agradável e sutil, de modo que sua evolução e sua alta aconteçam a seu próprio tempo. A Musicoterapia se norteia a partir do que chamamos de "O Princípio do ISO". O ISO (palavra de origem grega que significa igual) é a Identidade Sonora, o arquétipo sonoro do indivíduo, pelo qual vai se estabelecer o canal de comunicação entre cliente/paciente e musicoterapeuta, e o vínculo necessário para o processo terapêutico. Para se descobrir o ISO do paciente, o Musicoterapeuta realiza uma Entrevista Anamnésica com o mesmo, ou com o seu responsável, e uma Avaliação Sonoro-Musical (Testificação do Enquadre não-verbal), antes de iniciar o processo terapêutico (o tratamento em si). Mt. Harley L. Gonzalez

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