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segunda-feira, 26 de março de 2012

Musicoterapia como elemento terapêutico

Musicoterapia: música como elemento terapêutico “Musicoterapia é uma forma de terapia que se desenvolve por meio do uso científico e terapêutico dos sons, da música e seus elementos e de movimentos, visando a melhora da qualidade de vida nos aspectos bio-psico-sociais do indivíduo.” O uso da música como um agente para combater enfermidades é tão antigo quanto a música em si. Acreditava-se que a música era capaz de renovar a harmonia, o ritmo do corpo, as emoções e o espírito do homem. A música no contexto musicoterápico é entendida como qualquer manifestação rítmico-sonora do indivíduo. A produção estética não é objetivo da musicoterapia. A música possui quatro funções principais: ela atua no sentido de melhorar a atenção, vinculada ao treinamento do desenvolvimento motor e/ou cognitivo; estimula habilidades socio-comunicativas; favorece a expressão emocional e esclarecimento, e estimula o pensamento e a reflexão sobre a situação de vida da pessoa. Abordagem humanista-existencial (seguida pela maioria dos Musicoterapeutas) define a música como um meio de comunicação, enfatizando o caráter lingüístido ou comunicativo da música. “Admite-se que a música contenha ou represente emoções que são comunicadas ou transmitidas ao ouvinte”. Na música prevalece o como, ou seja, “como ela é apresentada, no seu conteúdo e expressão”. A música,além disso, apresenta o presente, e não tem meios de expressar negação ou conjunção. Na música “as contradições podem ser apresentadas em conjunto, apresentando, por exemplo, um caráter diferente em melodia e harmonia, como numa estrutura de música polifônica”. Considera-se também, que os motivos rítmicos, harmônicos ou melódicos podem expressar imagens ou sentimentos complexos. No processo musicoterápico, o centro de cada sessao será uma experiência musical. Na experiência musical a relação musical será vivida por cliente, terapeuta e música. A produção musical será o meio pelo qual o cliente poderá exteriorizar conteúdos internos e conflitos emocionais, que serão ouvidos e aceitos pelo Musicoterapeuta. Paralelo ao produzir musicalmente, irá elaborar e processar esses conteúdos, afim de autoconhecer-se e alcançar os demais objetivos do processo terapêutico. Na Musicoterapia utiliza-se tanto o método passivo quanto o ativo, e técnicas tais como: audição, re-produção, improvisação e composição, para se conseguir alcançar os objetivos de cada sessão de musicoterapia. A Musicoterapia pode atuar tanto como terapia principal, como terapia de apoio a outras terapias (fisioterapia, neurologia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, por exemplo) e, portanto, abrange uma diversidade de patologias, tais como doenças respiratórias, doenças renais, doenças mentais, distúrbios comportamentais, câncer, deficiências auditivas, da fala e da linguagem, deficiências físicas, dentre outras. A Musicoterapia, enfim, é uma forma eficiente e peculiar de proporcionar ao cliente/indivíduo um meio de melhorar sua qualidade de vida: “onde a palavra falha a música funciona”(Robbins).

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Musicoterapia em Evidência - Mt. Harley