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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O gênio por trás da trilha sonora: John Williams

Posted by Metade Cuca on 01 October 2013 under Márcio Staggemeier


Quem, assim como eu, é dependente de cinema e de música, certamente sabe a importância que a perfeita união das duas artes tem quando estamos assistindo um filme. Sem a trilha sonora, não somos levados a sentir as emoções que o filme propõe. Da mesma maneira, fundos musicais diferentes em uma mesma cena, consequentemente nos causam sensações variadas.

Há aquelas trilhas feitas de canções que tocam em rádios, música pop, comercial, ou mesmo temas de música erudita que são conhecidos e utilizados em mais filmes – o que é algo bastante usual.

Contudo, há a chamada música incidental que, falando de uma forma bem direta, é aquela que mal percebemos que está acontecendo e que nos leva a ter as sensações que o diretor almeja que tenhamos, vendo determinada cena. Algumas destas trilhas entraram para o imaginário coletivo.

John Williams é um dos grandes criadores de trilhas sonoras da história do cinema. Ele tem uma infinidade de contribuições para filmes cujo tema musical se tornou parte indispensável da obra: Star Wars, Superman, Indiana Jones, E.T. – O Extraterrestre, Tubarão, Contatos Imediatos de Terceiro Grau – todos possuem temas musicais facilmente cantaroláveis. E é aí que reside a genialidade de Williams, que é figura constante nos trabalhos dirigidos por de Steven Spielberg.

Outros filmes bastante conhecidos que também tiveram a contribuição de John Williams: Além da Eternidade, Esqueceram de Mim, O Parque dos Dinossauros, A Lista de Schindler, As Cinzas de Angela, Harry Potter, Prenda-me Se For Capaz, O Terminal, Munique, A.I.- Inteligência Artificial…

Geralmente, as trilhas incidentais baseiam-se em um tema principal. Ao longo do filme, o que acontece são variações do mesmo tema e algumas nuances com melodias e harmonias diferentes, tendo em vista causar as sensações propostas, além de pequenas composições diferentes da principal. O que leva você a chorar, rir ou sentir medo ao ver uma cena é a união perfeita entre som e imagem, resultado de uma sensibilidade ímpar.

Filmes de aventura, como Superman, Star Wars e Indiana Jones, possuem trilhas mais fantásticas e dinâmicas, que ajudam o espectador a não desgrudar os olhos da tela em um só momento. Já em Tubarão, nos assustamos e sentimos o medo dos personagens com a simples sonoridade daquelas duas notas graves que se sobressaem ao longo de toda a história. A impressão que se tem é que, se um dia você estiver na praia e aquela música vier de algum lugar, é possível que o tubarão surja, sem mais nem menos.

Em Contatos Imediatos de Terceiro Grau, Williams mais uma vez deu mostras de sua genialidade ao tornar mundialmente famosa uma combinação de cinco simples notas musicais (para os músicos, uma escala pentatônica) que, caso você as ouça, imediatamente irão remeter-lhe àquela nave espacial e ao contato com os bichinhos. Falando neles, um filme que sempre irá me emocionar demais, mesmo já tendo visto dezenas de vezes, é E.T. – O Extraterrestre. A tocante história só ganha nossos corações e nos faz mergulhar na fantasia graças à clássica trilha sonora. Como não voar junto dos garotos e da figura encantadora do E.T., emocionando-se copiosamente na cena inesquecível da bicicleta?

John Williams é um dos grandes gênios musicais dos nossos tempos. As trilhas que compôs são tão famosas quanto os próprios filmes e parte fundamental das respectivas histórias, que fazem parte do imaginário coletivo. Vale a pena prestar atenção às suas criações.
Se bem que, não se faz necessário dispensar atenção especial para ouvir: sua música simplesmente é parte indivisível da obra, fruto daqueles momentos criativos e inspirados típicos dos grandes artistas.

* Márcio Staggemeier é músico e autor do blog debaixodochapeu.wordpress.com

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