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terça-feira, 2 de julho de 2013

MT Concetta Tomaino e o Instituto de Música e Função Neurológica

17/06/2013 - A musicoterapeuta norte-americana Concetta Tomaino, encarregada pela palestra principal do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia, ofereceu entrevista exclusiva para o site da Faculdades EST: http://www.est.edu.br/entrevistas/visualiza/mt-concetta-tomaino

A musicoterapeuta norte-americana Concetta Tomaino, encarregada pela palestra principal do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia, ofereceu entrevista exclusiva para o site da Faculdades EST.

Promovido pela Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul (AMTRS), o encontro será realizado entre os dias 13 e 15 de setembro, no campus da Faculdades EST, em São Leopoldo, e a palestra de Concetta terá como tema “A clínica na Musicoterapia: avanços e perspectivas”.

O encontro de São Leopoldo está com a segunda chamada de trabalhos aberta até o dia 28 de junho, sendo que as inscrições podem ser efetuadas acessando http://www.est.edu.br/eventos/enpemt ou http://amt-rs.blogspot.com.br/.

“A realização de um evento nacional de musicoterapia no campus da EST será algo inédito e representará um forte incentivo para que estudantes e professores divulguem as suas pesquisas”, comemorou a coordenadora do curso, Prof. Ma. Sofia Dreher. A escolha pela Faculdades EST, ressaltou, demonstra a maturidade e a consolidação de um curso que, em 2012, completou 10 anos, sendo avaliado com excelência pelo Ministério da Educação (MEC).

O evento tem o objetivo de favorecer o encontro de pesquisadores da área da Musicoterapia e de outras áreas com interesse na relação Música e Saúde a fim de promover o intercâmbio sobre os avanços e perspectivas na área. Além disso, visa fomentar a produção científica na área da Musicoterapia e propiciar um espaço para o debate e para a elaboração de propostas de ações relacionadas ao fomento à pesquisa e à relação da pesquisa com a formação em Musicoterapia e com a Prática Clínica e outros temas relevantes.

Confira abaixo a entrevista completa com a musicoterapeuta Concetta Tomaino:


1) O aumento de recomendações de médicos para tratamento com musicoterapia indica uma inclusão crescente da musicoterapia com outras profissões na área da saúde?

Sim. Nos Estados Unidos os/as médicos/as estão se conscientizando cada vez mais sobre os benefícios da musicoterapia. Muitos hospitais contratam musicoterapeutas.


2) Na sua perspectiva, quais são os principais avanços e perspectivas da musicoterapia neurológica?

Existe uma grande quantidade de pesquisa baseada em evidências que mostram que a musicoterapia é muito benéfica para casos neurológicos. A perspectiva da musicoterapia neurológica é de que o sistema auditivo tem muitas conexões e redes em todo o cérebro e essas redes estimulam áreas do cérebro que são responsáveis por diversos comportamentos não musicais como emoções, memórias, questão motora e comunicação.


3) Você poderia explicar um pouco sobre o diálogo entre musicoterapeutas e neurocientistas?

Em 2002 meu Instituto hospedou um evento chamado Diálogos Transdisciplinares para apresentar musicoterapeutas a neurocientistas e neurocientistas a musicoterapeutas. Através dos anos, outras organizações têm tido conferências semelhantes com o intuito de compartilhar informações que poderiam beneficiar tanto a pesquisa básica como a prática clínica.


4) Que investigação conjunta está sendo feita entre eles?

Investigação conjunta tem sido feito na área de sincronismo motor.


5) O que lhe motivou a investir as suas energias nessa área e quais são as principais recompensas que você teve até agora na sua carreira?

Eu me interessei pela área da música e do cérebro em 1978, quando comecei a trabalhar com pessoas com demência severa e percebi que a música estimulava níveis de emoções, memória e cognição que não eram acessíveis a essas pessoas sem a música. Através dos anos tenho seguido o campo da ciência neurológica para verificar quais novas descobertas podem contribuir para a prática da musicoterapia. Tenho tido muitas recompensas nestes 35 anos de trabalho como musicoterapeuta: trabalhando com o Dr. Oliver Sacks, me encontrando com muitos neurocientistas, recebendo apoio administrativo para começar o Instituto de Música e Função Neurológica, tem sido muito significativo para mim além de poder ajudar tantas pessoas com a musicoterapia. O que é muito compensador agora é ver que a pesquisa da neurociência está ajudando a responder perguntas sobre como a musicoterapia funciona e que há cada vez mais oportunidades de colaboração entre musicoterapeutas e neurocientistas.
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